Clamor social

Raíssa Eloá Capareli Dadona

Justiça condena adolescente acusado de matar menina por feminicídio e estupro de vulnerável

Jovem cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo determinado que não poderá ultrapassar 3 anos.
 
A 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude de São Paulo condenou o adolescente acusado de ter matado e estuprado a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, em 29 de setembro, no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, por homicídio qualificado e estupro de vulnerável. O jovem cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo determinado.
 
A decisão da justiça julgou procedente a representação proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. O adolescente de 12 anos foi condenado por homicídio qualificado, pois a justiça entendeu que houve morte por asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio praticado contra menor de 14 anos e homicídio para ocultação ou impunidade de crime antecedente.
 
A decisão foi proferida nesta quarta-feira (6). Como o jovem cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo determinado, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o período máximo de internação é de três anos, devendo sua manutenção ser avaliada a cada três meses.

 

Filmes de terror
 
"Temos informações da maneira com que ele se inspirou para cometer essa crueldade com essa menina, temos informes de que ele assistia a inúmeros filmes de violência e de terror, não vou comentar quais os filmes, mas constam no inquérito policial", afirmou o delegado Luiz Eduardo Maturano, da 5ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
Segundo Maturano, "neste período de investigação, tivemos relatórios ofertados pela escola para o Conselho Tutelar sobre comportamento inadequado, obsceno e agressivo, principalmente com meninas, em um caso ele agrediu um menino especial na turma dele." Com Informações do G1

 

Atualizado em 31/10/2019

 

Um laudo elaborado por peritos da Polícia Civil de São Paulo, antecipado com exclusividade pelo apresentador Luis Bacci no programa Cidade Alerta, da Record TV, nesta quinta-feira (31), revela que não havia uma terceira pessoa na cena da morte da menina Raíssa Eloá Caparelli, de nove anos, conforme havia dito em depoimento o adolescente apreendido como o principal suspeito do crime. O menor, que permanece internado em uma unidade da Fundação Casa da capital paulista, terá o destino definido pela Justiça na sexta-feira.

 

"Nas amostras enviadas, foram localizados apenas dois perfis no local, sendo um da vítima e o outro do menor", concluiu o trabalho da Polícia Científica sobre o caso investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

 

O exame também confirmou que houve luta corporal entre a vítima e o agressor em local diferente de onde o corpo foi encontrado. A presenca de gotejamentos nematoides sobre as folhas a 35 metros indica que Raíssa estava ferida antes de chegar à arvore, diz o laudo.

A polícia também não descarta a possibilidade de Raíssa ter se movimentado para fugir do ataque. Outro laudo, divulgado anteriormente, confirmou que Raíssa foi abusada sexualmente antes de ser morta por asfixia.  

O trabalho da perícia será fundamental para a decisão da Vara da Infância e Juventude de São Paulo sobre a manutenção do adolescente sob custódia do Estado. O menor, considerado pelas autoridades como altamente perigoso, também sofreria de transtornos mentais.

Com informações do R7