Justiça condena adolescente acusado de matar menina por feminicídio e estupro de vulnerável
Atualizado em 31/10/2019
Um laudo elaborado por peritos da Polícia Civil de São Paulo, antecipado com exclusividade pelo apresentador Luis Bacci no programa Cidade Alerta, da Record TV, nesta quinta-feira (31), revela que não havia uma terceira pessoa na cena da morte da menina Raíssa Eloá Caparelli, de nove anos, conforme havia dito em depoimento o adolescente apreendido como o principal suspeito do crime. O menor, que permanece internado em uma unidade da Fundação Casa da capital paulista, terá o destino definido pela Justiça na sexta-feira.
"Nas amostras enviadas, foram localizados apenas dois perfis no local, sendo um da vítima e o outro do menor", concluiu o trabalho da Polícia Científica sobre o caso investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O exame também confirmou que houve luta corporal entre a vítima e o agressor em local diferente de onde o corpo foi encontrado. A presenca de gotejamentos nematoides sobre as folhas a 35 metros indica que Raíssa estava ferida antes de chegar à arvore, diz o laudo.
A polícia também não descarta a possibilidade de Raíssa ter se movimentado para fugir do ataque. Outro laudo, divulgado anteriormente, confirmou que Raíssa foi abusada sexualmente antes de ser morta por asfixia.
O trabalho da perícia será fundamental para a decisão da Vara da Infância e Juventude de São Paulo sobre a manutenção do adolescente sob custódia do Estado. O menor, considerado pelas autoridades como altamente perigoso, também sofreria de transtornos mentais.
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