Clamor social

Gustavo Maia Russo

Na tarde do dia 10 de janeiro de 2005, o jovem promotor de eventos Gustavo Maia Russo, de 27 anos deixou a casa da mãe no bairro do Marco em Belém do Pará, onde funcionava o escritório do negócio, para comprar lanches para os funcionários quando foi abordado por um criminoso que o obrigou a entrar no carro, fazendo-o refém.


Ao perceber a estranha movimentação, três carros da Polícia Militar saíram em perseguição pelas ruas da capital paraense, dando início a um tiroteio que atingiu fatalmente Gustavo e o fugitivo. O veículo da vítima foi alvejado por mais de 50 tiros.


Passado o impacto da tragédia, Iranilde começou a frequentar a praça da República aos domingos, munida de uma mesa, um caderno para assinaturas e a indignação pela morte violenta do filho.

Aos poucos, outras mães, outras famílias que dividiam a mesma dor se aproximaram e assim nasceu o Movimento Pela Vida (Movida), que em 2010 se tornou uma organização não governamental que busca a justiça e a reparação para os alvos da violência cotidiana.