Clamor social

Werwethon Fernando Assis de Jesus

O pequeno Werwethon tinha apenas seis anos, quando tudo aconteceu


Na ocasião, a mãe grávida de nove meses, a auxiliar de escritório Iolanda não tinha como levar o pequeno Werwethon, de seis anos, ao jardim de infância. Ela e o marido Jurandir resolveram então contratar o serviço de um transporte escolar para fazê-lo. Julgavam ser uma solução segura e tranquila. Não foi. Dias depois, ao voltar para casa, o menino foi atropelado pela própria camionete que o trazia.


Apesar de socorrido, Werwethon morreu a caminho do hospital de Barueri, perto de São Paulo, no dia 4 de setembro de 2008. A falta de aptidão para o trabalho e o inexplicável descuido do motorista da perua contribuíram para a fatalidade do acidente. Recebeu pena de dois anos e oito meses em regime aberto e perdeu o direito de dirigir por três meses.


Vinte dias depois Iolanda deu à luz a João Vítor, o caçula que atenua a consternação do casal e das duas filhas, Aline e Alanis. Ela entrou em profunda depressão e, durante dois anos, visitava diariamente o túmulo do garoto no cemitério. Mudou de residência e recorreu a atendimento psicológico.


Segundo relato da mãe de Werwethon, Iolanda Silva Valverde,  o transporte escolar particular veio deixá-lo em casa, e a monitora Carina Ribeiro de Lima, não o acompanhou até a calçada,  nem o não entregou  a ninguém, deixou que ele atravessasse sozinho, apesar da mesma alegar que fez isso, mesmo diante dos testemunhos de vizinhos que afirmam que ela, a monitora, não desceu da perua e não conduziu o menino até o portão de casa, como deveria ter feito.