Por: Elizabeth Misciasci
CASO ISIS HELENA
A pequena Isis Helena de um ano e dez meses, esta desaparecida de Itapira, interior de São Paulo, desde o dia 02 de março de 2020.
De acordo com as informações prestadas no Boletim de Ocorrência lavrado pela mãe Jennifer Natalia Pedro, a filha sumiu de dentro da casa, onde mora com os bisavôs
.
Ainda conforme descreveu, a bebê nasceu prematura, com microcefalia e toma remédios controlados; não consegue nem engatinhar, o que impossibilitaria a saída da criança sozinha da casa.
Jennifer conta ainda, que saiu pela manhã do ocorrido e deixou a filha dormindo no colchão, dentro do quarto, enquanto em outro cômodo, estava seu avô, (e bisavô da criança), que sofre de Alzheimer e tem 90 anos.
Ao retornar ao imóvel, depois de aproximadamente duas horas, viu que a porta estava aberta e que Ísis havia sumido.
Desde então, equipes das polícias Militar e Civil, Guarda, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, além de voluntários e familiares, realizaram inúmeras buscas pela cidade e região. Foram efetuadas em lago, com auxílio de mergulhadores, e também varredura pela cidade com cães farejadores, mas nada que pudesse acrescentar à investigação, foi encontrado.
O que se sabia
Isis Helena estaria inquieta, por não ter passado muito bem e foi dormir às 4h da manhã na madrugada daquela segunda-feira (02/03/2020), mesmo dia em que desapareceria de casa.
Que a pequena Isis nasceu prematura, com microcefalia, não anda e faz uso de remédios controlados.
A menina vestia um body cor-de-rosa, estava deitada no colchão, no chão, onde dormia sempre com a mãe.
Que a criança ficou dormindo em um cômodo da casa, enquanto o bisavô com problemas de saúde dormia em outro.
Que Jennifer ao voltar ao imóvel, encontrou a porta aberta, e Ísis havia sumido.
O pai da criança, Rafael Wendell Siqueira Schotem, contou que não consegue fazer mais nada desde o desaparecimento da filha. Que não teve uma convivência com a mãe de Isis, que nunca existiu uma relação séria entre eles.
Manoella Martins, namorada de Rafael, também teve o nome envolvido em meio à investigação. Assim sendo, procurou imagens de câmeras de segurança que mostram seu trajeto na manhã do sumiço e as entregou a policia. As imagens provariam que ela esteve longe da casa de onde Isis foi levada no dia do ocorrido.
A tia avó da criança Valéria Massari, acredita que Isis Helena esteja bem e com vida. Esperança que cerca todos os familiares.
No decorrer desse mês
Jennifer Natalia Pedro esteve na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para registrar um boletim de ocorrência sobre ameaças que estariam sendo feitas por um grupo de pessoas. Ela entregou o celular dela à polícia, após receber mensagem de áudio onde teria sido feita uma espécie de convocação para ir até a frente da casa da família.
A Polícia considera todas as testemunhas ouvidas como peças chave.
O que não foi esclarecido ainda:
O que a Policia já tem de concreto?
As linhas de investigação partem por qual indicio?
Todos os familiares, amigos e vizinhos foram ouvidos na delegacia sobre o caso?
Existem suspeitos?
Há imagens de câmeras próximas da residência onde a menina desapareceu?
A Polícia já analisou essas imagens?
O trabalho da perícia no imóvel apontou a presença de mais alguma pessoa na cena que não os familiares da menina?
Substancia usada pela polícia para detectar vestígios de sangue, em diversos locais provocou a quimiluminescência?
Em nota a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) ressalta que detalhes não podem ser divulgados pois "o inquérito está sob sigilo policial".
"O caso segue em investigação na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itapira, com auxílio da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) de Campinas e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Mogi Guaçu", diz o texto.
Pistas falsas, contradições, informações desencontradas, muitas especulações, poucas respostas convincentes, e as perguntas que ninguém ainda conseguiu responder:
- Como Isis Sumiu?
- Onde esta essa bebê?
Em 24 de março de 2020, Jennifer Natalia Pedro, juntamente com a polícia, refez os passos, reconstituindo assim seus percursos no dia do sumiço da filha, a pequena Isis.
Em 02 de Abril de 2020, as equipes que investigam o caso, ainda aguardam os resultados dos laudos das perícias e em nota aqui resumida, o delegado José Antônio, da Seccional de Mogi Guaçu, informou que as investigações do caso continuam e demandam exclusividade total. Devido ao decreto de sigilo nos autos, não foi possível detalhar informações sobre as linhas de investigação da polícia.
"Inicialmente os trabalhos de Polícia Judiciária, ficou por conta da DDM de Itapira. Por conta do grande volume de trabalho naquela unidade e as investigações demandam exclusividade total, avocamos o procedimento e redistribuímos para DIG de Mogi Guaçu. Estamos com uma equipe com dedicação exclusiva e a todo vapor no caso".
Um mês do desaparecimento e nenhuma notícia.
Atualização em 19 de abril de 2020
- O que levou a policia a prender Jennifer? - O que havia na mochila que ela transportava? - O que os cães detectaram? Quando se solicita a Prisão temporária? - Por que o pai não tinha a guarda da pequena Isis?
Por Elizabeth Misciasci
49 dias sem que se saiba o verdadeiro desfecho do Caso Isis Helena.
Jennifer Natália Pedro foi detida no ultimo dia dezessete, após o delegado seccional da DIG de Mogi Guaçu Dr. José Antônio Souza, solicitar junto a Justiça, a Prisão temporária da mãe de Isis Helena.
O tempo máximo de prisão é de cinco dias para os crimes comuns, podendo ser prorrogado por mais cinco, ou de 30 dias, para os hediondos, podendo ser prorrogada por igual período, em ambos os casos, desde que comprovada necessidade.
Quando se solicita a Prisão temporária?
Haverá a possibilidade da prisão temporária sempre que se comprovar que em estando o sujeito do delito solto ele poderá atrapalhar as investigações. A prisão temporária, apesar de ser uma prisão cautelar, visa garantir a realização de atos investigatórios imprescindíveis ao inquérito policial.
- O que levou a policia a prender Jennifer?
Jennifer Natalia Pedro foi presa na casa de sua mãe em Itapira, levada para a DIG de Mogi Guaçu no ultimo dia 17, porém, os indícios que sustentaram o pedido de Prisão temporária, não foram divulgados pela policia.
A utilização novamente de cães farejadores, foi solicitada pelo advogado do pai de Isis, porque Jennifer haveria omitido que teria estado na região das duas pontes do dia do desaparecimento de sua filha.
Inquirida pela policia, Jennifer alegou que havia ido ao local às sete horas da manhã, para fumar maconha, que não revelou esse fato em seus depoimentos por medo, ?fui lá pra fumar droga, não contei antes pra ser tirada como dedo-duro, pelos traficantes?. (sic)
- O que havia na mochila que Jennifer transportava?
Conforme informações de um membro da equipe de policiais que investigam o caso, na mochila havia biscoitos, peças de roupa e artigos pessoais inclusive da bebe. Uma mochila grande e que caberia muito mais coisas dentro dela.
- O que os cães detectaram?
As equipes de inspeção e investigação do caso seguiram nas buscas pelo rio do Peixe, já que o positivo foi dado pelos cães farejadores.
Os cães teriam sentido o cheiro de ambas, tanto da bebe quanto da mãe. O cão Adaga, um pastor belga treinado para distinguir odor de cadáver, teria sinalizado que sentiu odor na região das duas pontes.
As buscas foram efetuadas no rio do Peixe, por aproximadamente duas horas, e Adaga, foi colocado num barco junto com os bombeiros, ocasião em que ele sentiu o cheiro em dois pontos.
Ele é treinado para sentir tanto cheiro de cadáveres quanto de restos mortais. No entanto, as buscas que se encerraram no rio, na sexta-feira dia 17 foram inconclusivas.
A policia devera retomar as buscas nessa segunda-feira.
- Por que o pai não tinha a guarda da pequena Isis?
*Em meados do ano de 2019, Rafael Wendell Siqueira Schotem, havia impetrado um pedido de Guarda compartilhada em relação à menor ÍSIS HELENA ROSA SCHOTEM.
Processo 1002096-67.2019.8.26.0272 que tramitou na 2ª vara Cívil de Itapira, tendo como parte do despacho o que segue:
*Da atenta análise dos autos, observo que não compete a esta vara especializada apreciar o presente pedido, vez que a criança não se encontra em nenhuma das hipóteses de ameaça ou violação de seus direitos previstos no artigo 98, incisos I a III, do E.C.A., como preconiza o parágrafo único do artigo 148 do mesmo diploma. ?Em outras palavras, o juiz especializado só será competente se a criança ou o adolescente estiverem com seus direitos ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; e em razão de sua conduta (art. 98). Deve, pois, haver a efetiva ocorrência de ameaça ou violação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, que determinará, com exclusividade, a competência do Juizado da Infância e da Juventude, nas hipóteses previstas nas letras ?a? a ?h?? (Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente Wilson Donizeti Liberati Ed. Malheiros 2006 9ª ed. p.148). No caso em apreço, não foi demonstrada qualquer infringência aos direitos previstos no Livro I, Título II, da Lei nº 8.069/90, o que determina desta forma, a competência da vara cível para o processamento do presente feito. *Com Informações https://www.jusbrasil.com.br/diarios/documentos/740302326/andamento-do-processo-n-1002096-6720198260272-procedimento-comum-civel-06-08-2019-do-tjsp?ref=feed
Processo ainda em tramite na Justiça.
Atualizado em 21/04/2020
Nota à imprensa via Assessoria Secretaria de Segurança Pública.
Inquérito Policial número 205955/2020.
(C. decreto de sigilo)
Data fato: 02/03/2020
Vitima: ISIS HELENA PEDRO Schotem, 01 ano e 10 meses de idade.
Investigada: Jeniffer Natalia Pedro, 21 anos (genitora)
Local das buscas : bairro rural Duas Pontes. Itapira S. P.
Conforme já reportado pela imprensa com ampla divulgação em todo país , a Policia Civil, via Delsecpol Mogi Guaçu e DIG ( Delegacia de Investigações Gerais ), informa : Há 47 dias estamos trabalhando exclusivamente na investigação do desaparecimento da criança Ísis, fato que ganhou repercussão nacional. Iniciamos os trabalhos via DDM de Itapira, como subtração de incapaz, porém logo foram denotadas as variadas contradições da mãe Jeniffer. O procedimento no dia 16 de março foi avocado pela Seccional e distribuído à Dig. Trabalhos de inteligência policial , de campo e levantamentos de câmeras foram efetuados e a investigação tecnicamente provou que duas versões apresentadas pela mãe não se sustentavam. Ante os fatos , representação foi ofertada ao Ministério Público e M. M Juiz da comarca de Itapira, demonstrando esses fatos , com isso foi expedido o decreto de prisão temporária da mãe Jeniffer. Com sua prisão no último dia 17/04/2020, após ter ciência do caminho que a investigação tomou , com suas versões sendo totalmente desmontadas, não restou outra alternativa para Jeniffer a não ser em dar uma nova versão, a qual vai ao encontro do relatório de investigação. Declinou que por ocasião dos fatos , a criança teve febre por volta de 00:00 do dia 02/03/2020, dando o remédio Ibuprofeno; pela madrugada lhe deu uma mamadeira e dormiu. Quando acordou pela manhã as 06h15, a criança estava gelada com a boca com espuma e leite, constatando q ela estava morta. Levou seu outro filho na creche , pegou sua motocicleta na casa da mãe, retornou para casa , muito temerosa com o que pudesse ocorrer , colocou o corpo da criança em uma mochila e dirigiu- se até as ? duas pontes? , onde está localizado o rio do peixe ( Itapira ) e lá despediu da criança e jogou o corpo nas águas. Viu que a criança inicialmente afundou, depois boiou , perdendo -a de vista. Retornou , foi com a Avó no mercado e na volta anunciou a subtração da criança Ísis. Foi possível determinar a roupa com que a criança estava quando a mãe se desfez do corpo, sendo um bore. rosa ( foto anexada ). Com isso as buscas seguem com objetivo de encontro de vestígio ou o corpo da criança. Há ainda trabalhos investigativos a serem executados. Jeniffer está com prisão temporária decretada e será pedida a prorrogação dessa prisão.
Att.
Mogi Guaçu 20/04/2020
Parte 2 da Atualização
Veja o relato que consta nas investigações da polícia:
?(...) Trabalhos de inteligência policial de campo e levantamentos de câmeras foram efetuados e a investigação tecnicamente provou que duas versões apresentadas pela mãe não se sustentavam.
Representação foi ofertada ao Ministério Público e o juiz da Comarca de Itapira, demonstrando esses fatos, expediu o decreto de prisão temporária da mãe Jeniffer. Com sua prisão no último dia 17, após ter ciência do caminho que a investigação tomou, com suas versões sendo totalmente desmontadas, não restou outra alternativa para Jeniffer, a não ser em dar uma nova versão, a qual vai ao encontro do relatório de investigação.
Declinou que por ocasião dos fatos, a criança teve febre por volta da meia-noite do dia 2 de março, dando o remédio Ibuprofeno. Pela madrugada lhe deu uma mamadeira e dormiu. Quando acordou pela manhã as 6h15, a criança estava gelada com a boca com espuma e leite, constatando que ela estava morta.
Levou seu outro filho na creche, pegou sua motocicleta na casa da mãe, retornou para casa, muito temerosa com o que pudesse ocorrer, colocou o corpo da criança em uma mochila e dirigiu-se até as ?duas pontes?, onde está localizado o Rio do Peixe.
E lá se despediu da criança e a jogou nas águas. Viu que a criança inicialmente afundou, depois boiou, perdendo-a de vista. Retornou, foi com a avó no mercado e na volta anunciou a subtração da criança Ísis.
Foi possível determinar a roupa com que a criança estava quando a mãe se desfez do corpo, sendo um ?bore rosa?. Com isso as buscas seguem com objetivo de encontro de vestígio ou o corpo da criança. Há ainda trabalhos investigativos a serem executados. Jeniffer está com prisão temporária decretada e será pedida a prorrogação dessa prisão?.
As diligências prosseguem para localizar o corpo. Uma equipe da DIG esteve na casa de Jennifer, à rua Espanha, no Jardim Rachel, Zona Leste de Itapira, cumprindo o mandado de prisão. A princípio, ela permanecerá detida por 5 dias na CPJ (Central de Polícia Judiciária de Mogi Guaçu), aguardando o desenrolar das investigações.
?Caso haja necessidade, a delegada do caso poderá pedir a prorrogação desse prazo?, afirmou um policial da DIG, que preferiu manter-se no anonimato. Ele confirmou também que a mãe da menina Ísis Helena já passou por exame de corpo de delito no Hospital Municipal de Itapira, antes de ser conduzida a Mogi Guaçu.
A polícia esteve quinta-feira (16) em Itapira, onde Policiais Militares, Civis, bombeiros voluntários e Guarda Civil Municipal, com o auxílio de cães farejadores, realizaram novas buscas pela menina.
A varredura se concentrou no bairro rural de Duas Pontes e em um canavial próximo ao rio do Peixe.
MISTÉRIO
Jennifer havia ido levar o irmão mais velho de Ísis Helena à escola e quando retornou, não encontrou a menina. Ísis ficou na casa com um avô de 90 anos e que sofre de Alzheimer. No dia 13 de março, a Polícia Científica de Mogi Guaçu realizou uma perícia na casa da mãe da menina.
Na mesma época, Jennifer chegou a ganhar o direito a uma medida protetiva concedida pela Justiça, após receber várias ameaças em seu celular. Desde o desaparecimento de Ísis Helena, forças policiais da cidade vizinha não medem esforços para tentar localizá-la e resolver esse mistério.
A Polícia Civil de Itapira, inclusive, já recebeu ajuda do Deas (Delegacia Especializada Antissequestro) de Campinas, bombeiros voluntários itapirenses, Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim, cães farejadores das Guardas Civis Municipais de Mogi Guaçu e Jundiaí, dentre outras. As buscas também já percorreram toda a zona rural de Itapira e algumas regiões de Mogi Mirim.
Atualizado em 29/04/2020
A Polícia Civil informou que encontrou o corpo da bebê Ísis Helena enterrado em uma área do bairro Duas Pontes, de Itapira (SP), nesta quarta-feira (29).
Segundo a Guarda Municipal, a mãe de Ísis, Jennifer Natalia Pedro, afirmou que enterrou o corpo da menina, e não que o jogou em um rio, como havia dito quando admitiu o crime.
Depois da mudança de versão, o corpo foi encontrado e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu, informou a guarda.
Após a localização, os investigadores da Polícia Civil fizeram diligências na cidade antes de retornarem para a delegacia de Mogi Guaçu, que investiga o caso.
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