Caso Henry

Henry teria passado o final de semana do dia 07 de abril de 2021 com o pai e voltou para casa da mãe por volta das 19h30, a criança assim que chegou, vomitou, o que a mãe Monique alegou não ter estranhado, por tratar como algo normal quando o filho chorava muito.

Ainda, conforme informou Monique, na madrugada do dia 8, ela e o namorado e Jairo Souza Santos Junior estavam assistindo televisão, enquanto o filho dormia no quarto do casal e que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada, onde viu o filho caído no chão, diante disso, pegou a criança e colocou na cama, estranhando os pés e as mãos do Henry estarem geladas.

Entendendo que a criança passava mal, então o enrolou numa manta, chamou o namorado e foram para o hospital.

As três médicas pediatras que atenderam o menino na emergência do Hospital Barra DOr, garantiram que o garoto já chegou morto a unidade de saúde, e com as lesões externas no corpo descritas nos dois laudos do exame da necropsia.

Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Peritos envolvidos no caso garantem que as lesões, como equimoses, hematomas, edemas e contusões, não são compatíveis com um acidente doméstico.

Logo após o ocorrido, Jairo, teria ligado para o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro que em uma conversa com interlocutores comentou que o até então vereador, perguntou a ele o que seria feito pelas autoridades. Ele teria respondido que caberia a Polícia Civil investigar o caso e que não se meteria no assunto. Jairo teria procurado também policiais e secretários do estado.

A faxineira Rosangela, que esteve no apartamento da família contou uma versão diferente do depoimento prestado pela mãe do garoto, Monique Medeiros. Ouvidas na polícia, as ex-mulheres e namoradas de Jairinho, informaram que ele é violento. O delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), ouviu 12 testemunhas no inquérito.

O casal Jairo e Monique mãe e o padrasto do garoto além de não compareceram à reprodução simulada do caso, também haviam criados perfis nas redes sociais, objetivando desqualificar as investigações.  Diante de tantas contradições e evidencias, passaram a ser tratados como investigados.

A polícia descobriu entre outros fatos, que Jairo Souza Santos Junior, agredia Henry com chutes e golpes na cabeça e a mãe sabia disso pelo menos desde fevereiro.

Jairo e Monique também são suspeitos de tentar atrapalhar as investigações da morte de Henry, além de ameaçar testemunhas para combinar versões. Agora ambos estão cumprindo prisão temporária, por 30 dias.
Durante as investigações, os policiais levantaram informações sobre o comportamento de Monique após a morte do filho que chamaram a atenção. Segundo a polícia, ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, todo branco, para ir à delegacia, assim como foi ao salão de beleza fazer as unhas e o cabelo e assistiu aulas online.

Monique Medeiros, escreveu uma carta de 29 páginas, se vitimizando e imputando toda a culpa ao namorado...

Todos os que mantinham contato com o pequeno Henry, relatam a doçura e encanto da criança de 4 anos, que teve a vida ceifada por quem deveria proteger, mas que contrariamente e de forma brutal, foram seus algozes.

Por Elizabeth Misciasci